Cirurgia de Angelina Jolie aumentou conscientização sobre câncer de mama

Em maio de 2013, Angelina Jolie passou por uma mastectomia dupla que atraiu atenção mundial.

Em um artigo no New York Times, a atriz e filantropa revelou que uma mutação no gene BRCA1 aumentava expressivamente seu risco de ter câncer, e que iria remover os dois seios para se prevenir. A declaração despertou muitas discussões acerca da real necessidade do procedimento.

Em um novo estudo austríaco, porém, pesquisadores descobriram que os "Efeito Angelina" foi muito mais positivos do que negativos, porque a discussão toda gerou conscientização acerca do câncer de mama.

Em uma pesquisa realizada logo antes de Angelina vir a público para falar sobre sua mastectomia, 88,9% das mulheres declararam saber que a reconstrução dos seios era uma opção após a mastectomia.

Depois do "Efeito Angelina", os pesquisadores decidiram refazer o mesmo questionário. O índice aumentou para 92,6%.

Também houve um salto de conscientização de que a cirurgia de reconstrução pode ser realizada na mesma cirurgia de remoção de seios. Antes do "Efeito Angelina", 40,5% das participantes sabiam disso. Depois, o número pulou para 59,5%.

Um quinto das participantes revelou, também, na segunda pesquisa, que a cobertura do câncer de mama de Angelina Jolie pela imprensa fez com que elas lidassem mais intensamente com o assunto.

"Este é o primeiro estudo que prova o efeito da mídia no problema do câncer de mama junto ao público geral", disse David Lumenta, pesquisador-chefe e professor da Universidade de Graz, na Áustria.

Este não é o primeiro estudo que sugere que o "Efeito Angelina" é real. De acordo com outro estudo de 2014, a demanda por testes genéticos para câncer de mama dobrou na Inglaterra logo após o anúncio de Jolie.

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